Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Tel Aviv no último domingo (1º) para protestar contra a morte de seis reféns, cujos corpos foram recuperados pelos militares no dia anterior.
Os corpos foram encontrados em um túnel na cidade palestina de Rafah, em Gaza: Carmel Gat, Aden Yerushalmi, Hersh Goldberg-Bolin, Aleksandr Lobanov, Almog Sarousi e o suboficial Uri Danino.
No domingo, segundo os organizadores, cerca de 300 mil pessoas se reuniram nas ruas de Tel Aviv, e meio milhão de israelenses protestaram ao mesmo tempo em todo o país. Mais tarde, a mídia, citando os organizadores, informou que o número de manifestantes no país chegou a 700 mil pessoas.
Também no primeiro dia de manifestações, o chefe da Federação Trabalhista Histadrut em Israel, Arnon Bar-David, anunciou uma greve geral prevista para amanhã, segunda-feira (2), devido ao que ele descreveu como "fracasso em libertar os reféns mantidos em Gaza", observando que "o acordo de troca de prisioneiros é mais importante do que qualquer outra coisa". A greve, entretanto, já foi encerrada.
Segundo o Al Jazeera, milhares de manifestantes protestaram próximo à residência de Netanyahu, em Jerusalém, nesta terça-feira (3).
Netanyahu se recusa a se render aos manifestantes israelenses
Enquanto as ruas bradam por pedidos de cessar-fogo para negociar as vidas dos reféns israelenses, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, parece irredutível.
Em discurso realizado na segunda-feira (2), o líder israelense afirmou que não cederia à pressão.
"Ninguém está mais empenhado do que eu na libertação dos reféns, mas ninguém me vai dar sermões", retrucou, insistindo que há "certas coisas sobre as quais não vamos ceder" nas negociações com o Hamas.