"Se o conselho estiver mais ou menos consciente do que precisa ser feito [para resolver o conflito], e a Resolução 2735, aprovada no dia 10 de junho, apesar de todas as suas deficiências, reflete amplamente este entendimento, então os líderes israelenses estão obstinadamente à procura de uma solução militar para este problema, tratando de ignorar a decisão do Conselho de Segurança", disse Polyansky na quarta-feira (4), durante uma sessão do Conselho de Segurança da ONU.
O diplomata russo observou que o Conselho de Segurança "está unido no entendimento de que a libertação dos reféns israelenses e estrangeiros por meios militares é impossível e não há alternativa às negociações".
"No entanto, a liderança de Israel, infelizmente, ainda considera as negociações apenas uma cortina de fumaça que permite desviar a atenção da comunidade internacional da solução forçada do problema palestino", acrescentou o vice-representante russo na ONU.
Em 7 de outubro, um ataque coordenado do Hamas contra mais de 20 comunidades israelenses deixou mais de 1,1 mil mortos e cerca de 5,5 mil feridos e levou à captura de 253 reféns, dos quais cerca de 100 foram posteriormente libertados em trocas de prisioneiros.
Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas e lançou uma série de bombardeios em Gaza, que até agora deixaram mais de 40,8 mil mortos e cerca de 94,3 mil feridos.