"Vamos fazer todo o possível para mantê-lo em um hospital especializado para poder hidratá-lo e estabilizá-lo", disse a especialista, que acrescentou que Mujica enfrenta uma "estagnação" em seu estado de saúde.
Pannone disse que o ex-presidente foi hospitalizado porque consome poucos líquidos e alimentos devido a fibrose no esôfago e a insuficiência renal.
"Ele está com fibrose no esôfago em decorrência da radioterapia realizada [...] o que está dificultando a alimentação e a ingestão de líquidos", disse a médica.
A previsão, segundo a especialista, é que o ex-presidente permaneça alguns dias internado.
"Ele vai ficar aqui o tempo que for para ficar, o que não é uma tarefa fácil. Ele entende a situação, a questão é que quando ele se sentir melhor ele quer voltar para casa", afirmou a médica. Segundo ela, nos últimos dias Mujica perdeu peso e massa muscular.
Em relação ao tumor no esôfago, a médica indicou que "de momento estaria em fase de remissão".
"Depende da evolução e do tempo. Ainda não se pode dizer que haja uma cura definitiva", alertou.
O ex-presidente está em uma sala comum, acompanhado de sua esposa, a ex-vice-presidente Lucía Topolansky.
Mujica anunciou no dia 29 de abril que tinha um tumor no esôfago e explicou que seu caso é "duplamente complexo" devido à doença imunológica anterior, que dificulta a realização da quimioterapia.
No dia 2 de maio, Pannone anunciou que o tumor é maligno e que seria tratado com radioterapia.