A ideia, diz o jornal, é resolver as coisas nos bastidores, na medida do possível, para evitar amplificar ainda mais o episódio.
Por isso a embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Oliveira, não deve ser convocada a Brasília. Da mesma forma, não há previsão de convocar o embaixador venezuelano em Brasília, Manuel Vadell, para uma conversa no Itamaraty.
As duas ações poderiam demonstrar o descontentamento com a decisão unilateral das autoridades venezuelanas de acabarem com a tutela da Embaixada da Argentina feita pelo Brasil em Caracas, uma vez que há irritação entre diplomatas com essa situação que se desenvolveu ao longo do fim de semana, ressalta a mídia.
No último sábado (7), o governo de Nicolás Maduro revogou a autorização para que o local ficasse sob a custódia da gestão brasileira. As autoridades venezuelanas alegaram que havia um suposto planejamento de atos terroristas por "fugitivos da Justiça venezuelana que nela estão abrigados".
Em nota, o Itamaraty informou estar "surpreso" com a medida. Mesmo diante da determinação, o órgão informou que permanecerá exercendo esse papel até que seja indicado outro país para assumir a custódia.
Com o apoio da Colômbia e do México, o Brasil tenta abrir um canal de diálogo, sem sucesso, entre Maduro e oposição, que brigam pela vitória na eleição de 28 de julho. Na semana passada, os três países tentavam combinar uma conversa telefônica com o presidente.