Economia, emprego e imigração dominam 1º debate entre Kamala Harris e Donald Trump
23:53, 10 de setembro 2024
Os problemas em torno da inflação, do custo de vida e do desemprego foram os principais temas explorados no primeiro debate entre os candidatos à presidência dos EUA, Kamala Harris, atual vice-presidente, e Donald Trump, ex-presidente, nesta quarta-feira (10), organizado pela emissora ABC.
SputnikTrump destacou a inflação e a "ameaça" dos produtos chineses para a economia americana, além de culpar o atual governo pelo
enfraquecimento da indústria de transformação e pela entrada indiscriminada de "pessoas vindas de prisões" pela
fronteira com os EUA. Ainda segundo ele, a crise migratória não resolvida vai transformar os EUA em uma "Venezuela com esteroides".
"Éramos a melhor economia e fomos atingidos pela pandemia. Nós fizemos um ótimo trabalho na pandemia."
Harris acusou o seu rival de ajudar no fornecimento de chips à China, o que levou à modernização das Forças Armadas chinesas.
"Durante a presidência de Donald Trump, ele começou a vender chips americanos à China para ajudá-los a melhorar e modernizar as suas Forças Armadas. Basicamente, ele vendeu-nos", disse ela.
Sem plateia, o
debate ocorreu na cidade de Filadélfia, no estado da Pensilvânia, teve duração de 90 minutos, com dois intervalos. Cada candidato teve
dois minutos para responder às perguntas, mais dois minutos para réplicas e um minuto adicional para acompanhar ou responder ao que o outro candidato disse.
Conflito na Ucrânia
Trump prometeu novamente acabar com o conflito na Ucrânia antes mesmo de assumir o cargo de presidente dos EUA, se vencer as eleições de novembro.
"Farei isso rapidamente e acabarei com a guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Se for o presidente eleito, farei isto antes mesmo de me tornar presidente", assegurou à ABC News. "Quero parar a guerra. Quero salvar as vidas de pessoas que estão sendo mortas desnecessariamente aos milhões."
Ele criticou ainda o atual chefe da Casa Branca, Joe Biden, por ter interrompido contatos com o líder russo Vladimir Putin.
"Ele nem sequer telefona para Putin há dois anos, não fala com ninguém. Eles nem tentam. Essa é uma guerra que ele está morrendo de vontade de resolver", disse Trump.
Harris disse que em uma reunião com Vladimir Zelensky, poucos dias antes do início da operação especial, compartilhou com ele informações de inteligência dos EUA.
"Na verdade, encontrei-me com Zelensky alguns dias antes da invasão da Rússia. Encontrei-me com o presidente Zelensky, compartilhei com ele a inteligência americana sobre como ele poderia se defender", disse Harris no debate.
Aborto
O aborto, que era permitido em todo o território americano por cerca de 50 anos até ser derrubado pela atual Suprema Corte também norteou alguns embates entre os candidatos.
Kamala Harris criticou tentativas estaduais de banir o direito ao
aborto de mulheres estupradas e acusou Trump de planejar veto nacional ao direito ao aborto. Trump que já defendeu o banimento total, passou a defender que o
assunto seja tratado pelos parlamentos estaduais.
Donald Trump fez a declaração final, após vencer a disputa no cara ou coroa. Nas suas considerações finais ele afirmou que seu país está "em declínio" e questionou o que impediu os democratas de implementar os seus planos nos últimos 3,5 anos.
"Quero fazer uma pergunta simples: por que ela não fez nada? Somos uma nação em declínio, em grave declínio. Estamos à margem em todo o mundo. Os líderes mundiais não entendem o que nos aconteceu. Não temos liderança nem compreensão do que aconteceu conosco. O que está acontecendo?", disse Trump.
O político expressou preocupação de que uma série de conflitos em várias partes do mundo que eclodiram durante o mandato dos democratas no poder nos Estados Unidos resultaria em uma Terceira Guerra Mundial, "como nunca antes se viu". Segundo Trump, os americanos "não deveriam sacrificar o seu país por causa da má liderança política de alguém".
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