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Lula afirma que Brasil continuará acolhimento de venezuelanos e promete ajudar Roraima

A declaração ocorreu durante a entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma rádio de Manaus, onde fez na última terça-feira (10) uma visita em função da seca e do aumento dos incêndios florestais na Região Amazônica.
Sputnik
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu nesta terça-feira (11) que o Brasil seguirá com as políticas de acolhimento de venezuelanos que buscam refúgio no país. A principal porta de entrada das pessoas que deixam a Venezuela é Pacaraima, no estado de Roraima.

"O ministro das Relações Exteriores [Mauro Vieira] está com orientação e determinação da Presidência da República para que a gente trate com muito respeito as pessoas que estão vindo para o Brasil por necessidade de sobrevivência. Você sabe que o ser humano é meio nômade. Quando ele não tem onde comer, quando ele não tem onde trabalhar, ele fica procurando outros lugares", afirmou Lula à Rádio Norte FM.

O presidente também prometeu se reunir com o governador roraimense, Antonio Denarium. "Essas pessoas que estão vindo para cá vão ter que ser bem tratadas, e o governo federal tem a obrigação de ajudar o estado de Roraima a cuidar da educação dessa gente, a cuidar da manutenção dessa gente, porque nós não queremos que essas pessoas venham para cá e passem mais necessidade ainda do que já passavam na Venezuela", enfatizou, ao acrescentar que vai realizar uma visita ao estado.
Na sequência, Lula disse esperar que a nação vizinha retorne à "normalidade" o mais rápido possível. Nos últimos anos, a Venezuela enfrentou uma crise econômica diante das diversas sanções aplicadas pelos Estados Unidos, que afetaram o maior setor produtivo do país: o petrolífero. Entre janeiro de 2017 e março de 2024, dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgados pela Agência Brasil mostram que quase 1,2 milhão de migrantes venezuelanos chegaram ao Brasil — mais de 532 mil já deixaram o país.
Para garantir o acolhimento e a interiorização dos venezuelanos que chegam ao Brasil, foi criada a Operação Acolhida em 2018. Desde então, mais de 125 mil migrantes foram realocados para outros estados brasileiros, com o apoio à emissão de documentos e busca de emprego.
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Mídia: decisão da Venezuela sobre Embaixada da Argentina no país deixa Celso Amorim 'chocado'

Brasil quer manter canais de diálogo com a Venezuela

Apesar do não reconhecimento das eleições venezuelanas pelo governo brasileiro, Brasília quer manter os canais de diálogo com Caracas e não pretende convocar sua embaixadora no país vizinho, publicou na última terça (10) o jornal O Globo. A ideia, diz o jornal, é resolver as coisas nos bastidores, na medida do possível, a fim de evitar amplificar ainda mais o episódio.
Por isso, a embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Oliveira, não deve ser convocada a Brasília. Da mesma forma, não há previsão de convocar o embaixador venezuelano em Brasília, Manuel Vadell, para uma conversa no Itamaraty.
Com o apoio da Colômbia e do México, o Brasil tenta abrir um canal de diálogo, sem sucesso, entre Maduro e a oposição, que brigam pela vitória da eleição de 28 de julho. Na semana passada, os três países tentavam combinar uma conversa telefônica com o presidente.
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