Panorama internacional

Moldávia entrega soberania e a própria independência para entrar na União Europeia, diz deputado

Para garantir que seja aceita como país-membro da União Europeia (UE), a Moldávia está disposta a entregar sua soberania e a própria independência ao bloco, mesmo com as incertezas que envolvem o grupo europeu. É o que defendeu nesta quarta-feira (11) o deputado da oposição Konstantin Staris.
Sputnik
O referendo sobre a integração da Moldávia à UE ocorrerá no dia 20 de outubro, no mesmo dia das eleições presidenciais. A consulta popular é criticada pela oposição da Moldávia, que fala em tentativa de manipular a opinião pública.

"Ainda não sabemos para onde iremos em termos de mudanças na base da União Europeia. Nós não sabemos disso. Mas estamos entregando totalmente nossa soberania para lá. E o povo da Moldávia, que é o único verdadeiro proprietário e guardião da soberania, está perdendo isso. Como resultado, deixaremos de ser um país independente", afirmou Staris em entrevista ao canal de TV GRT.

Segundo o deputado, a legislação europeia passa por mudanças, já que o bloco é cada vez mais uma aliança defensiva. "Não uma aliança de desenvolvimento, não uma aliança de paz, não uma aliança de bondade, justiça e assim por diante. Mas uma aliança defensiva. E tenho uma pergunta: o que um Estado neutro faz em uma aliança defensiva?", questionou.
Em dezembro do ano passado, a cúpula da União Europeia aprovou o início das negociações sobre a futura adesão da Ucrânia e da Moldávia ao bloco. A dupla recebeu o status de países candidatos ainda em junho de 2022, após a imposição de rigorosas condições para o início formal das conversas.
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Já a UE repetidamente reconheceu que tal decisão foi em grande parte simbólica, com o objetivo de apoiar Kiev e Chisinau em seu enfrentamento com Moscou.
O status e o início das negociações ainda não significam uma adesão obrigatória à União Europeia, além de não forçarem Bruxelas a nenhuma decisão. E ser considerado um país candidato é apenas o começo de um caminho relativamente longo para a adesão ao grupo. Prova disso é a Turquia, que conta com essa nomeação desde 1999 e iniciou as negociações de adesão ainda em 2005.
Também estão na mesma situação países como Macedônia do Norte (desde 2005), Montenegro (2010) e Sérvia (2012). A Croácia foi o último país a entrar na União Europeia, em 2013, após mais de dez anos de negociações.
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