Panorama internacional

Peru decreta estado de emergência na região amazônica por conta da crise hídrica

O Governo do Peru decretou nesta sexta-feira (13) estado de emergência por 60 dias na região amazônica do país por conta da atual crise hídrica. Conforme Lima, há registros de quedas sem precedentes nos volumes dos rios, incluindo o Amazonas.
Sputnik
"Declaração do estado de emergência no departamento de Loreto por perigo iminente devido ao déficit hídrico, pelo prazo de sessenta (60) dias corridos, para a execução de medidas e ações excepcionais, imediatas e necessárias, para a redução do muito alto risco existente, bem como para resposta e reabilitação correspondentes", pontua o decreto.
Há semanas, o Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia do Peru (Senamhi) alerta sobre a diminuição acelerada do volume nos principais rios da região, o que afeta o transporte e o comércio fluvial, prejudica os ecossistemas e dificulta o uso e consumo de água.
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De acordo com dados do Senamhi, o aumento das temperaturas e dos raios ultravioletas agravaram a seca, com rios como o Ucayali e o Amazonas diminuindo o volume a uma taxa diária de 10 centímetros, alcançando mínimos históricos.
Além disso, a Floresta Amazônica peruana atingiu novos recordes históricos de calor, com valores próximos a 40 °C. Há expectativa de chuvas, com a queda repentina nos termômetros, porém não devem aliviar a crise.
"Precisamos de chuvas consecutivas nas cabeceiras das bacias e na cordilheira. Estamos com déficit de chuvas", respondeu o Senamhi à Sputnik.
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O Ministério do Ambiente também confirmou que os rios Amazonas, Marañón, Napo, Nanay e Huallaga permanecem em "nível vermelho", ou seja, muito baixos para a navegação e outras atividades.
O perigo de encalhe ameaça o comércio na região, onde os produtos de primeira necessidade estão se esgotando, sem que os agricultores e produtores consigam abastecer os mercados, resultando no aumento dos preços e no desabastecimento. A temporada de chuvas na Amazônia peruana costuma começar só em dezembro.
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