Para Volin, os membros do BRICS, como o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Sergei Shoigu e os ministros das Relações Exteriores da China, Brasil e África do Sul demonstram forte simpatia e apoio ao país balcânico, além de compreenderem profundamente as dificuldades que enfrenta.
O político explicou que lutar pelos direitos dos sérvios em Kosovo e Metohija faz parte da estratégia nacional de Belgrado, e destacou que, quando a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) lançou sua agressão contra o país em 1999, "tentaram matar a Sérvia, mas, em vez disso, mataram o direito internacional".
Vulin também enfatiza que a Rússia é o principal fornecedor de gás para a Sérvia, destacando que o país está profundamente satisfeito com o acordo energético. Isso é muito importante para a economia nacional e para seus cidadãos, ressalta o vice-primeiro-ministro.
"Estamos muito felizes com o acordo que temos com a Rússia. Estou profundamente satisfeito porque o Governo russo nos mostra a disposição de assinarmos um novo acordo de gás muito em breve, quase imediatamente. E isso é realmente importante para nossa economia e, claro, para nossos cidadãos", indicou.
"A União Europeia se comporta como um território, não como uma organização de governos ou Estados. Isso significa que eles não têm seus próprios interesses, não têm sua própria vontade. Nós somos um Estado. Somos um país. Temos nossos próprios interesses. Nosso interesse é ter gás suficiente neste inverno. Se isso não agradar à Europa, é problema dela", constatou Vulin.
Além disso, o político destaca que a Sérvia não fará parte da histeria antirussa que assola o Ocidente.
"Somos a única parte da Europa onde não há histeria antirussa. Não estamos tentando proibir que os meios russos realizem seu trabalho, como em todas as outras partes da Europa. E uma das partes mais importantes da democracia é a liberdade de escolha, a liberdade de informação, a liberdade de voto", manifesta Volin.
O vice-primeiro-ministro também comenta sobre a política de sanções do Ocidente contra a Rússia, que, segundo ele, acaba prejudicando a si mesma, e esclarece que a Sérvia nunca tomará esse caminho.
"Claro, não impomos sanções contra a Rússia e nunca faremos isso. Há muitas coisas em que podemos trabalhar juntos. Sem dúvida, o setor energético é a parte mais importante de nossas relações econômicas", resume.
O vice-primeiro-ministro também abordou o tema da reescrita da história e indicou que seu país não permitirá que a verdade sobre a Segunda Guerra Mundial seja alterada. Volin expressa ainda sua gratidão aos aliados e ao apoio da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), além de afirmar que a Sérvia se orgulha de sua contribuição para a vitória.