"Eles tentaram me cancelar porque eu me manifestei contra as acusações contra Assad na Síria de que ele teria realizado ataques químicos contra seu próprio povo. Isso não é verdade. Sabemos que ele não fez isso. A prova está aí e nós sabemos disso", disse Waters.
Ele ressaltou que os norte-americanos, franceses e britânicos, por sua vez, enviaram tropas para a Síria e lançaram bombas sobre o povo sírio com base nessas acusações.
O ataque com gás ocorreu em agosto de 2013 em Ghouta Oriental, nos subúrbios de Damasco, matando, de acordo com várias fontes, de várias centenas a 1.500 pessoas.
Os Estados Unidos culparam o governo sírio pelo ataque e declararam a necessidade de uma operação militar na Síria.
Poucos dias após o ataque, o Conselho de Segurança da ONU estava considerando um projeto de resolução que abria caminho para ataques à Síria, mas a Rússia e a China vetaram o documento.
Os EUA se preparavam para agir sozinhos, o então presidente Barack Obama buscou autorização do Congresso dos EUA para fazê-lo, mas, no dia anterior à votação, Damasco concordou em colocar seu estoque de armas químicas sob controle internacional de acordo com um plano proposto por Moscou.
Em setembro de 2023, o jornalista norte-americano Seymour Hersh, ganhador do Prêmio Pulitzer, publicou um documento da inteligência dos EUA que dizia que, em 2013, o grupo terrorista Frente Fatah al-Sham (ex-Frente al-Nusra, organização terrorista proibida na Rússia), além do governo de Assad, tinha acesso ao agente químico sarin na Síria.