De acordo com o Arkeonews, o professor Nikolai Ovcharov, chefe da equipe de escavação de Perperikon, que lidera escavações no local há quase 25 anos, anunciou a descoberta de dois altares, um destinado a sacrifícios, que marcam os limites de uma área sagrada na seção sul do sítio arqueológico, o que para o pesquisador prova totalmente que o grande templo de Dionísio estava localizado no complexo.
Segundo os historiadores antigos, as sacerdotisas do renomado Oráculo de Dionísio da Trácia previram o futuro glorioso de Alexandre, o Grande, e de Augusto, o primeiro imperador romano. No entanto, nenhuma dessas fontes antigas forneceu uma descrição precisa da localização do santuário, além de dizer que era na montanha mais alta da Trácia, nas terras da tribo Satri.
Sendo Perperikon o maior assentamento megalítico nos Bálcãs, com uma história de 8.000 anos, também é possível que tenha sido usado por várias civilizações, como os trácios, romanos, bizantinos e o Império Búlgaro medieval.
Na região, os arqueólogos descobriram vários altares e santuários escavados na rocha que podem ter sido usados para rituais religiosos em homenagem a Dionísio. Esses altares geralmente apresentam bacias provavelmente destinadas a rituais de oferta a uma divindade. Dionísio era a figura central dos Mistérios Órficos, uma coleção de práticas religiosas que começaram na Trácia.
Ruínas da antiga cidade trácia de Perperikon, região de Kardzhali, Bulgária
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"Os primeiros sacrifícios foram feitos há 3.000-3.200 anos, no final da Idade do Bronze e no início da Idade do Ferro", explicou o arqueólogo, acrescentando que "como o altar é da era romana, estamos usando os dados daquela época e fazendo uma reconstrução comparativa".
Ele observou que era provavelmente um altar para os deuses do submundo, sendo necessário que as pessoas se vestissem de preto e os animais tivessem pelo preto. Ele acrescentou que os animais sacrificados devem ter sido cabras e ovelhas, e também era obrigatório que os animais estivessem saudáveis, bem como que o próprio animal fosse voluntariamente, e não fosse arrastado à força.
Ovcharov disse que o altar foi provavelmente feito já no final da Idade do Bronze ou no início da Idade do Ferro e foi abandonado na Idade Média. Ele está relacionado aos templos do século III-IV, que foram estudados na área sul e incluem o templo do deus oriental Mitra, o Templo dos Ancestrais e um templo não identificado. Ovcharov enfatizou que os dois grandes altares de sacrifício são apenas o começo de mais descobertas.
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