Nesta terça-feira (17), houve explosões de pagers em diferentes áreas do Líbano. O ministro da Saúde, Firas al-Abyad, informou que mais de 4 mil pessoas ficaram feridas e 11 pessoas morreram.
"A coordenadora especial para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, condena o ataque ocorrido hoje em todo o território libanês", diz a declaração divulgada.
Hennis-Plasschaert destacou que os civis devem ser sempre protegidos: "Mesmo uma vítima é demais."
"Os eventos de hoje marcam uma escalada extremamente preocupante", observou, pedindo às partes interessadas que se abstenham de qualquer ação adicional ou retórica beligerante.
Segundo vários meios de comunicação, os pagers são usados pelos membros do movimento Hezbollah como um sistema de comunicação fechado, menos suscetível a invasões e escuta. Ainda não se sabe o que causou a detonação simultânea de dezenas de dispositivos. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Líbano, a detonação dos pagers ocorreu durante um ciberataque de Israel.
O portal Axios informou, citando fontes, que a operação no Líbano foi aprovada durante reuniões do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com membros de seu gabinete e líderes de serviços de segurança. Ainda segundo o site, o governo judeu não informou anteriormente os Estados Unidos sobre a realização das explosões.
Após a onda de explosões, as aulas em todas as escolas libanesas serão canceladas na quarta-feira (18), disse o ministro da Educação do Líbano, Abbas Halabi.
"Todas as instituições de ensino privadas e públicas estarão fechadas amanhã em razão das ações criminosas de Israel contra civis, entre os quais há mortos e feridos", afirmou Halabi, que também disse que há uma criança entre os mortos.