Hoje (19), a polícia e a Agência de Segurança de Israel (Shabak, na sigla em hebraico, também conhecida como Shin Bet) divulgaram um comunicado dizendo que um cidadão israelense foi detido em agosto de 2024 por ter tido contatos com serviços de inteligência iranianos.
Conforme o artigo do The Telegraph, um aposentado de 73 anos foi preso sob suspeita de "conspirar para matar Benjamin Netanyahu em um plano elaborado pelo Irã".
"Os serviços de segurança israelenses disseram que prenderam Moti Maman em agosto, depois que ele participou de duas reuniões no Irã em que lhe foi pedido que assassinasse o primeiro-ministro israelense. Yoav Gallant, o ministro da Defesa, e Ronen Bar, chefe da agência de inteligência Shin Bet, também foram considerados alvos", diz o jornal.
Moti Maman
© Foto / Moti Maman
Segundo as informações, Maman foi contrabandeado para o Irã na traseira de um caminhão onde se encontrou com agentes da inteligência iraniana que lhe propuseram "realizar atividades para o Irã em solo israelense, incluindo a promoção de ataques de assassinato".
O artigo observa que o suspeito pediu um adiantamento de um milhão de dólares e recebeu € 5.000 (R$ 30.458) por cada encontro.
O advogado de Maman disse que seu cliente colabora com os serviços especiais de Israel, apontando que os filhos do suspeito servem nas forças de segurança israelenses.
As possíveis tentativas de assassinato de altos funcionários das autoridades israelenses deveriam ser uma vingança iraniana, segundo Israel, pelo assassinato do líder político do movimento palestino Hamas, Ismail Haniya, que foi morto em um ataque israelense em uma residência em Teerã em 31 de julho de 2024.
A notícia chegou diante de uma nova rodada de escalada da situação no Oriente Médio causada por explosões de aparelhos de comunicação no Líbano que, segundo a mídia mundial, teria sido realizada por serviços especiais de Israel.
Explosões de aparelhos no Líbano
Pagers detonaram em diferentes partes do Líbano na terça-feira (17), ferindo mais de 2.800 pessoas e matando 12.
As explosões continuaram no dia seguinte (18). De acordo com notícias, desta vez foram os walkie-talkies, que o movimento libanês Hezbollah havia comprado quase simultaneamente com os pagers há cerca de cinco meses.
De acordo com os últimos relatórios, 25 pessoas foram mortas e outras 450 ficaram feridas nesse ataque.
O Hezbollah usa pagers como um sistema de comunicação fechado que é menos suscetível a hackers e escutas.
O movimento e as autoridades libanesas consideraram Israel responsável pelo incidente, e o primeiro prometeu a Tel Aviv uma resposta dura.