As falas de David Lammy foram feitas em um evento paralelo do Partido Trabalhista britânico. Ao seu lado estava o ex-comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, relegado ao posto de embaixador no Reino Unido após ser demitido por Zelensky.
"Este é um momento crítico para nervos, coragem, paciência e fortitude em nome dos aliados que estão com a Ucrânia. Não vou, como secretário de Relações Exteriores, é claro, comentar detalhes operacionais. Mas há uma discussão ocorrendo entre os aliados sobre como podemos apoiar a Ucrânia à medida que nos aproximamos do inverno."
Apesar dos apelos de Vladimir Zelensky, o Reino Unido e os Estados Unidos não deram permissão à Kiev para que dispare seus mísseis de longo alcance, como o Storm Shadow britânico e o ATACMS norte-americano, em alvos dentro da Rússia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, têm tido discussões frequentes em relação ao tema. É esperado que uma decisão seja alcançada às margens da 79ª Assembleia Geral da ONU, que acontece em Nova York nesta semana.
Ainda que os ucranianos obtenham esses armamentos, eles não seriam os autores de seus disparos. Somente os países desenvolvedores desses mísseis conseguem inserir os dados de voo e as informações de satélite para que o disparo seja efetuado. Isso significa que, na prática, quem escolhe os alvos são os países fornecedores.
Segundo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a utilização de armas ocidentais desta maneira implicaria no envolvimento direto da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito. Se isso acontecer, a Rússia será forçada a tomar decisões com base nessas novas ameaças.