O presidente Isaac Herzog rejeitou que Israel tivesse "qualquer conexão" com o ataque desta semana e disse que o país não está interessado em entrar em guerra com o Líbano.
Em entrevista na Sky News na manhã deste domingo (22), Herzog alertou que Israel está em uma "situação perigosa" e que há "claramente o potencial de uma escalada dramática".
"Há muitos inimigos do Hezbollah por aí, muitos hoje em dia. O Hezbollah tem sufocado o Líbano, destruído o Líbano, criado o caos no Líbano de novo e de novo e de novo. Estamos aqui simplesmente para nos defender. É tudo o que fazemos", acrescentou Herzog.
Os comentários foram feitos poucos dias após uma série de ataques nos quais pagers e walkie-talkies, usados por membros do Hezbollah, explodiram simultaneamente matando pelo menos 39 pessoas, incluindo 12 civis, e deixando outras 3.000 feridas.
Quando perguntado se Israel está em guerra com o Líbano, Herzog enfatizou que o país "não está interessado em guerra [...] mas o Líbano foi sequestrado por uma organização terrorista que também é um partido político chamado Hezbollah".
"Ele [Hezbollah] foi armado até os dentes pelo império iraniano do mal. Não queremos entrar em guerra. Queremos trazer nossos cidadãos de volta para suas casas na fronteira com o Líbano", afirmou.
No entanto, na sexta-feira (20), um artigo da agência norte-americana Associated Press disse que o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, alertou o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, sobre uma operação militar planejada em território libanês, mas não forneceu maiores detalhes, conforme noticiado.
As forças israelenses têm bombardeado o sul do Líbano com intensidade ao longo da semana, em uma intensa troca de ataques com o Hezbollah.