"Damos 24 horas ao governo para que resolva a escassez de combustíveis no país, senão as mobilizações continuarão", exigiu Morales durante uma concentração massiva ao concluir a chamada Marcha para Salvar a Bolívia, em La Paz.
A Bolívia registra queda na produção de petróleo desde 2014, o que contribuiu para a escassez de combustíveis e a falta de divisas que atualmente se agravam no país sul-americano.
"Transformaram a empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos em uma comercializadora e o Banco Central da Bolívia em um intermediário", criticou.
Morales também deu o prazo de 24 horas para destituir ministros "narcotraficantes, fascistas e corruptos, se quiser continuar a governar".
"Esta marcha é para dizer basta à traição, à corrupção, à proteção ao narcotráfico e à má gestão", disse o ex-mandatário.
A pressão contra o governo por conta da situação dos combustíveis começou na última semana e foi qualificada como "golpista" pela ministra das Relações Exteriores, Celinda Sosa.
De acordo com a chanceler boliviana, uma nova tentativa de golpe de Estado contra Arce está em curso, supostamente impulsionado por Morales, com o objetivo de se habilitar como candidato nas eleições de 2025.