"A China apoia firmemente o Líbano na proteção de sua soberania, segurança e dignidade nacionais. Não importa como a situação mude, sempre ficaremos do lado da justiça e de nossos irmãos árabes, incluindo o Líbano", segundo o comunicado do Ministério das Relações Exteriores chinês, nesta terça-feira (24).
Wang Yi enfatizou que a China prestou muita atenção aos desenvolvimentos na região, especialmente às recentes explosões de equipamentos de comunicação no Líbano, e se opôs resolutamente a ataques indiscriminados a civis.
De acordo com o chanceler chinês, a lei da força bruta só pode destruir a paz, e o princípio de "violência para conter a violência" não resolverá o conflito no Oriente Médio, mas apenas levará a uma catástrofe humanitária ainda maior. Ele acrescentou que a situação atual na região era uma manifestação da disseminação do conflito em Gaza e defendeu a implementação do plano de "Dois Estados para Dois Povos".
O ministro das Relações Exteriores chinês também expressou esperança de que Beirute tome medidas eficazes para proteger a segurança dos cidadãos chineses no Líbano.
Aeronaves israelenses começaram a realizar ataques massivos em assentamentos no sul e leste do Líbano na manhã de segunda-feira (23). Dezenas de aldeias e vários assentamentos regionais foram atacados. Os combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah, por sua vez, lançaram dezenas de foguetes em direção ao norte de Israel. O governo libanês já pediu à ONU que intervenha e pare a agressão israelense.
A última escalada, com aumento da intensidade de bombardeios de ambos os lados, ocorreu após explosões massivas de meios de comunicação em diferentes partes do Líbano em 17 e 18 de setembro, matando dezenas e ferindo quase 3.000.
Mais tarde, aeronaves israelenses atingiram um prédio residencial nos subúrbios ao sul de Beirute, matando mais de 50 pessoas, incluindo o comandante de operações especiais do Hezbollah, Ibrahim Akil. Os combatentes da resistência xiita responderam atacando a base da Força Aérea israelense Ramat David e o complexo da indústria de defesa Rafael no norte de Haifa. Vários foguetes caíram em áreas residenciais nos arredores da cidade israelense.
A 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU (AGNU) foi aberta em Nova York no dia 10 de setembro. O principal evento das sessões da AGNU é tradicionalmente a semana de alto nível — um evento onde chefes de Estado e ministros se reúnem anualmente e falam sobre questões urgentes. Os debates anuais ocorrerão de 24 a 28 de setembro, bem como em 30 de setembro. A delegação russa é liderada pelo ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov, que deve falar em 28 de setembro.