Panorama internacional

Chanceler húngaro chama de 'propaganda' as conferências de paz da Ucrânia sem a presença da Rússia

Uma conferência sobre o conflito ucraniano só poderá dar frutos se a Rússia participar da reunião e se um plano para alcançar a paz estiver sobre a mesa, disse o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjarto.
Sputnik

"A minha posição é que uma conferência de paz só pode ser eficaz ou significativa se duas pré-condições forem satisfeitas. Primeiro, ambos os lados da guerra devem estar presentes à mesa. Em segundo lugar, deve haver um plano que possa ser discutido", declarou Szijjarto durante entrevista.

Ele acrescentou que, por enquanto, não vê realmente o entusiasmo daqueles que falam sobre a conferência de paz em ver ambas as partes em volta da mesa.
O ministro húngaro também observou que a conferência da Ucrânia, tal como discutida por alguns políticos, parece ser "mais propaganda do que substância". Por outro lado, afirmou que a Hungria continuará a procurar soluções para o conflito na Ucrânia e a fazer propostas de paz.
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"Temos uma posição muito clara sobre esta guerra. Ela deve terminar imediatamente. Um cessar-fogo deve ser estabelecido, e as negociações de paz devem começar. É uma posição muito clara. Portanto, continuaremos a empreender iniciativas de paz", declarou Szijjarto.

A Hungria mantém essa posição tanto na Organização das Nações Unidas (ONU) quanto na União Europeia. Além disso, o ministro húngaro revelou que pretende se reunir com o seu novo homólogo ucraniano, Andrei Sibiga, no dia 30 de setembro, em Budapeste.
Nesse contexto, indicou que os direitos da minoria húngara na Ucrânia foram gravemente violados nos últimos nove anos. Ele sublinhou que a Hungria quer manter boas relações com todos os seus vizinhos, incluindo a Ucrânia.
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Além disso, Szijjarto disse também que a Hungria continua a se opor à ideia de permitir que Kiev ataque em território russo com armas ocidentais, pois isso pode agravar ainda mais a situação.

"Se alguma medida aumenta o risco de escalada, somos contra. Quanto à questão do uso de armas ocidentais contra territórios russos […], não há outra resposta senão dizer: sim, aumenta o risco de escalada. Portanto, definitivamente não podemos apoiá-lo", acrescentou.

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