"O presidente do Comitê, James Comer, está abrindo uma investigação sobre o uso de fundos dos contribuintes pela administração Biden-Harris para financiar a viagem de Vladimir Zelensky à Pensilvânia para fazer campanha pela vice-presidente Kamala Harris nas eleições presidenciais de 2024", informou o comitê nas redes sociais.
A tentativa do governo de usar um líder estrangeiro para beneficiar a campanha de Harris constituiria um abuso de poder e um mau uso do dinheiro dos contribuintes, acrescenta o texto.
No início deste mês, o governo dos EUA levou Zelensky à Pensilvânia em um avião da Força Aérea norte-americana para discutir o conflito na Ucrânia com autoridades do Poder Executivo e visitar uma fábrica de armas.
O ucraniano também concedeu uma entrevista à revista The New Yorker na qual criticou o ex-presidente e atual candidato opositor, Donald Trump, e seu companheiro de chapa, J. D. Vance. Na ocasião, Zelensky afirmou que a vitória da chapa era um "sinal perigoso" para Kiev, já que o republicano declarou que as esperanças da Ucrânia de retornar às suas fronteiras de 1991 com a Rússia são absurdas.
Também nesta quarta, senadores norte-americanos demonstraram insatisfação com as críticas de Zelensky aos líderes de seus partidos, informa a publicação Punchbowl à véspera da reunião do ucraniano com os congressistas.
Entre os senadores que consideraram exageradas as declarações de Zelensky em relação a Trump e Vance estão Lindsey Graham, conhecido por seu apoio aberto a todas as ações de Kiev, e Eric Schmitt.
"A ideia de um líder estrangeiro estar aqui voando em um C-17, na Pensilvânia, criticando o [ex-]presidente Trump, criticando J. D. Vance, é como uma parada de campanha [eleitoral] que, mais uma vez, parece exagerada", disse Schmitt.