Panorama internacional

Rússia: sabotagem no Nord Stream foi ato de guerra econômica dos EUA e Reino Unido contra aliados

O Serviço de Inteligência Externa da Rússia (SVR, na sigla em russo) está recebendo novas informações que confirmam o envolvimento dos Estados Unidos e Reino Unido nas explosões do gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte), informou o serviço de imprensa do SVR na quinta-feira (26).
Sputnik
Segundo informado, o SVR tem recebido informações sobre as explosões dos gasodutos russos de exportação de gás para a Europa, o Nord Stream e Nord Stream 2, desde que aconteceram em 26 de setembro de 2022.
A inteligência disponível indica claramente que os ataques ao Nord Stream são um ato de terrorismo internacional e uma guerra econômica "anglo-saxônica" contra seus aliados europeus, principalmente a Alemanha.
O SVR alegou que, desde 2022, Washington e Londres vêm tentando sistematicamente remover o tema da sabotagem do Nord Stream da agenda internacional.

"O SVR russo tem informações sobre a decisão tomada nos Estados Unidos e no Reino Unido de implementar uma campanha de desinformação na véspera do próximo aniversário das explosões para encobrir o verdadeiro propósito da sabotagem e seus organizadores. Desde agosto deste ano, as estruturas e a mídia controladas por Washington e Londres têm implementado a falsidade de que os ataques foram realizados exclusivamente por extremistas ucranianos que agiram de forma independente", disse o comunicado.

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Essa versão é absolutamente absurda, de acordo com o serviço, porém, os serviços de investigação alemães já a adotaram como sendo a principal.

"[Os serviços alemães] receberam um ultimato para acelerar a investigação até o final do ano, para culpar os 'aventureiros ucranianos que odeiam a Rússia' pelo ataque e para tirar do ataque a cooperação transatlântica."

O SVR observou que o ataque terrorista aos gasodutos Nord Stream e Nord Stream 2 causou danos irreparáveis à economia da Europa e expressou a esperança de que uma investigação objetiva ainda seja realizada.
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Depois das explosões, a Alemanha, a Dinamarca e a Suécia não descartaram a possibilidade de sabotagem.
A empresa Nord Stream AG, operadora do Nord Stream, informou que os danos nos dutos não tinham precedentes e que era impossível estimar o prazo para reparos.
A Procuradoria-Geral da Rússia iniciou um caso por ato de terrorismo internacional.
Em janeiro de 2023, a Alemanha deteve um barco que pode ter sido usado para transportar explosivos e mergulhadores ao local do gasoduto.
A mídia informou posteriormente que a Procuradoria alemã emitiu um mandado de prisão para um cidadão ucraniano, Vladimir Zh., sobre o caso, mas o suspeito deixou a Polônia de carro rumo à Ucrânia em 6 de julho.
A Rússia solicitou várias vezes dados sobre as explosões do Nord Stream aos países ocidentais, mas nunca os recebeu, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.
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