Panorama internacional

Assessor de Orbán gera indignação ao falar sobre União Soviética e Ucrânia; premiê expressa rejeição

Um importante assessor do primeiro-ministro Viktor Orbán provocou indignação ao sugerir que a Hungria teria se saído melhor se não tivesse resistido à União Soviética de 1956.
Sputnik
Balazs Orbán, diretor político do premiê (que não tem parentesco com o primeiro-ministro), disse em uma entrevista ao site Mandiner esta semana que Vladimir Zelensky agiu de forma irresponsável ao escolher resistir à operação russa.

"Considerando 1956, provavelmente não teríamos feito o que o presidente Zelensky fez dois anos e meio atrás, pois é irresponsável. Podemos ver que ele levou seu país a uma guerra defensiva, muitas vidas e territórios foram perdidos […]. Deixe-me dizer novamente, é uma decisão soberana e correta deles […], mas se eles tivessem nos perguntado, não teríamos recomendado isso, com base no que aconteceu em 1956", disse o assessor, citado pela Reuters.

Os comentários desencadearam um alvoroço na Hungria, onde os participantes e vítimas da revolução são vistos como heróis nacionais. O líder do principal partido da oposição, Peter Magyar, pediu que o conselheiro renunciasse.
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Já o premiê disse, nesta sexta-feira (27), que os comentários relacionados à Hungria eram "enganosos". Ao mesmo tempo, Orbán não indicou se concordava com seu assessor sobre a posição da Ucrânia.

"Agora meu diretor político fez uma declaração ambígua, o que é um erro, pois nossa comunidade se baseia na revolução de 1956 e cresceu a partir dela", disse Orbán, citado pela Bloomberg, acrescentando que "assim como no passado, a Hungria sempre se defenderá".

O premiê não deu nenhuma indicação sobre se demitiria seu assessor, adicionou a mídia.
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