"Dissemos aos europeus que não rompemos o acordo nuclear. Isso foi feito por Trump, e eles aceitaram. As negociações sobre o JCPOA foram realizadas, expressamos nossa preocupação aos países europeus, e foi decidido que os ministros das Relações Exteriores deveriam trabalhar nesse assunto", informou Pezeshkian.
Em 2015, Reino Unido, Alemanha, China, Rússia, Estados Unidos, França e Irã assinaram o acordo nuclear, que previa o fim de sanções em troca da limitação do programa nuclear do Irã. Porém Washignton, sob a presidência de Donald Trump, saiu do JCPOA em maio de 2018 e restabeleceu sanções contra Teerã.
Em resposta, o Irã anunciou uma redução gradual de suas obrigações sob o acordo, abandonando restrições em pesquisas nucleares, centrífugas e níveis de enriquecimento de urânio.
Em dezembro de 2021, o país persa permitiu voluntariamente à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) substituir câmeras em uma instalação nuclear em Karaj, mas o órgão não recebeu acesso para instalar câmeras de monitoramento nem confirmação de que a produção de tubos rotativos e membranas de centrífugas havia sido interrompida.
Teerã informou que os dados das câmeras de videomonitoramento da instalação nuclear em Karaj só seriam fornecidos após a revogação de todas as sanções norte-americanas.
No início de junho, Moscou, Teerã e Pequim, em uma declaração conjunta no conselho da AIEA, afirmaram estar convencidos de que era hora de os países ocidentais tomarem medidas para restaurar o acordo nuclear, e reforçaram que estavam prontos para isso.
Já no fim de agosto, um novo governo assumiu o poder no Irã, liderado pelo presidente Masoud Pezeshkian, que já declarou disposição para iniciar novas negociações com os EUA sobre o acordo nuclear.