Panorama internacional

Chanceler da Índia diz que país não compartilha visão do novo premiê do Japão sobre OTAN asiática

O novo primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, prometeu nesta terça-feira (1º) reforma política e ajuda às famílias à medida que os preços sobem, ao mesmo tempo que enfatizou buscar laços mais profundos com nações aliadas.
Sputnik
O ex-ministro da Defesa, de 67 anos, que na semana passada venceu uma disputa acirrada para liderar o Partido Liberal Democrata (LDP, na sigla em inglês), foi confirmado no início do dia como primeiro-ministro pelo parlamento.
A abordagem de seu governo à diplomacia com o aliado mais próximo do Japão, os Estados Unidos, estará em foco, já que ele tem repetidamente pedido um relacionamento mais equilibrado com Washington, incluindo maior supervisão das bases no Japão usadas pelos militares dos EUA.
Ishiba também propôs a criação de uma versão asiática do grupo de segurança coletiva OTAN para dissuadir a China, uma ideia que pode atrair a ira de Pequim e já foi descartada por uma alta autoridade dos EUA como precipitada, relata a Reuters.
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Nesta terça-feira (1º), o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, disse que não compartilha a visão de uma "OTAN asiática" pedida por Shigeru Ishiba.
Jaishankar disse em um evento no Carnegie Endowment for International Peace, em Washington, que, diferentemente do Japão, a Índia nunca foi aliada de outro país por tratado.

"Não temos esse tipo de arquitetura estratégica em mente. Temos [...] uma história diferente e uma maneira diferente de abordar [...]", afirmou Jaishankar quando perguntado sobre a ligação de Ishiba.

Índia e Japão, junto com Estados Unidos e Austrália, fazem parte do chamado grupo do Diálogo de Segurança Quadrilateral (também conhecido como Quad) de países estabelecido como um contrapeso à China.
Além da criação de uma OTAN asiática, o novo premiê pediu o estacionamento de tropas japonesas em solo norte-americano e até mesmo o controle compartilhado das armas nucleares de Washington como um impedimento contra os vizinhos do Japão que possuem armas nucleares, nomeadamente China, Rússia e Coreia do Norte.
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