De acordo com a BBC, Berna e Roma redesenharam parte de sua fronteira nos Alpes devido ao derretimento das geleiras, causado pelas mudanças climáticas.
A Suíça aprovou oficialmente o acordo sobre a mudança na sexta-feira (27), mas a Itália ainda precisa fazer o mesmo. Isso segue um rascunho de acordo por uma comissão conjunta suíço-italiana em maio de 2023.
O governo suíço disse que as fronteiras redefinidas foram elaboradas de acordo com os interesses econômicos de ambas as partes.
As fronteiras serão alteradas na região do Plateau Rosa, no refúgio Carrel e em Gobba di Rollin — todos próximos à montanha Matterhorn e a estações de esqui populares, incluindo a de Zermatt.
Segundo a mídia, estatísticas publicadas em setembro passado mostraram que as geleiras suíças perderam 4% de seu volume em 2023, a segunda maior depois do derretimento recorde de 6% em 2022.
Um relatório anual é emitido a cada ano pela Swiss Glacier Monitoring Network (Glamos), que atribuiu as perdas recordes a verões muito quentes consecutivos e à queda de neve muito baixa do inverno de 2022. Pesquisadores dizem que se esses padrões climáticos continuarem, o degelo só vai acelerar.
No ano passado, a Glamos alertou que algumas geleiras suíças estavam encolhendo tão rápido que era improvável que pudessem ser salvas, mesmo que as temperaturas globais fossem mantidas dentro da meta de aumento de 1,5 °C do acordo climático de Paris.
Especialistas dizem que sem uma redução na emissão dos gases de efeito estufa associados ao aquecimento global, geleiras maiores, como a Aletsch — que não fica na fronteira — podem desaparecer em uma geração.