"Dos 205 prisioneiros de guerra russos entrevistados desde março de 2023, 104 forneceram relatos consistentes e detalhados de tortura ou outras formas de maus-tratos, indicando uma prática contínua. Com algumas exceções, esses maus-tratos ocorreram no estágio inicial da detenção", disse o documento.
De acordo com o ACNUDH, os principais métodos de tortura e maus-tratos incluíam espancamentos severos, inclusive golpes direcionados aos joelhos e articulações, ameaças de morte ou violência física e choques elétricos.
"Os responsáveis por essa violência usaram vários itens, incluindo bastões de borracha, tacos de alumínio ou de madeira, luvas de combate, tasers, telefones militares ou outros dispositivos elétricos, como baterias de carro", destacou o relatório.
A ONU também revelou que dez prisioneiros de guerra russos, de um total de 205 entrevistados, disseram ter sido submetidos à violência sexual, incluindo abuso genital e ameaças de estupro.
Anteriormente, a Procuradoria Geral da Ucrânia em um relatório indica que não processou ninguém por matar ou torturar prisioneiros de guerra russos.