"A República Islâmica do Irã solicita ação imediata e significativa por parte do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas [ONU] para prevenir ameaças contínuas à paz e segurança regionais e internacionais por parte de Israel", declarou a chancelaria de Teerã em comunicado.
Além disso, o país acrescentou que está pronto para tomar medidas defensivas adicionais, com o intuito de proteger seus interesses e sua soberania, caso seja necessário.
Diante do aumento das tensões no Oriente Médio, o Conselho terá uma sessão extraordinária na próxima quarta (2) para discutir a situação na região, informou a missão da Suíça na ONU: "Nós agendamos uma reunião aberta seguida de consultas a portas fechadas para amanhã", indicou.
Mais cedo, o presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que o ataque aéreo maciço contra Israel foi uma resposta fundamentada em direitos legítimos e visando a paz e a segurança.
"Foi dada uma resposta firme às violações israelenses, de acordo com os direitos legítimos e em prol da paz e da segurança do Irã e da região. Essas medidas foram tomadas para proteger os interesses e os cidadãos do Irã", publicou nas redes sociais.
O Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) disse em comunicado que o ataque teve como alvo "o coração dos territórios ocupados", em resposta ao martírio do chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniya, do secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do general do IRGC, Abbas Nilforoushan, todos "promovidos pelas mãos do regime sionista".
Relatos sugerem que cerca de 200 mísseis balísticos iranianos foram disparados em meia hora.
Os Estados Unidos se posicionaram e disseram que suas forças na região estão de prontidão para ajudar Israel. No entanto, grupos armados iraquianos disseram nesta terça-feira (1º) que bases dos EUA no Iraque e na região serão alvos se os Estados Unidos se juntarem a qualquer resposta aos ataques iranianos contra Israel ou se Israel usar o espaço aéreo iraquiano contra Teerã, afirmaram os grupos, segundo a Reuters.