Como não havia como escoar toda a energia produzida por Angra 1, informou a estatal, ocorreu a imediata redução de geração de energia:
"A carga de Angra 1 foi reduzida de 642 MWe para 22 MWe, de forma a alimentar os barramentos auxiliares de operações e segurança de Angra 1. O evento não teve consequências para a segurança da usina, o meio ambiente, os trabalhadores e a população", garante a nota.
Ainda pela manhã, acrescentou a companhia, após a normalização das linhas de transmissão, foi iniciada a subida de potência da usina Angra 1 em um processo que leva, em média, 24 horas para atingir 100% de carga.
A usina Angra 1 foi fruto de um investimento de 40 anos e, para a extensão da vida útil da usina Angra 1, a Eletrobras obteve o financiamento de R$ 22,2 milhões com parceiros internacionais.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou mais cedo que o governo definirá a conclusão da usina nuclear de Angra 3 ainda em 2024. Em conversa com jornalistas, afirmou que o tema fará parte da pauta da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em 4 de dezembro.
Silveira disse que o governo ainda aguarda a reavaliação do estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que apontou em setembro para um prejuízo de R$ 21 bilhões caso a União abandone o projeto.
Com duas usinas — Angra 1 e Angra 2, em Angra dos Reis —, a matriz nuclear responde atualmente por menos de 3% de toda a energia gerada no país. Angra 3 deve começar suas operações comerciais em novembro de 2026, com a planta em plena capacidade no ano seguinte.
Além das três usinas — duas operando e uma em construção —, o Rio de Janeiro tem três das maiores empresas da área no país: a Eletrobras; a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep), de construção pesada; e a Indústrias Nucleares do Brasil S.A. (INB), de enriquecimento de urânio.