Panorama internacional

Preço do petróleo pode passar de US$ 100 se infraestrutura do Irã for atacada, alerta pesquisador

Ataques à infraestrutura de petróleo do Irã podem elevar o preço do combustível para mais de US$ 100 (cerca de R$ 530), alertou Marc Ayoub, pesquisador libanês de energia do Oriente Médio, em entrevista à Sputnik nesta sexta-feira (4).
Sputnik
Os preços do petróleo já registram alta de mais de 5%, cotados por volta de US$ 78 (cerca de R$ 390).

"O dano às instalações de petróleo bruto do Irã certamente terá repercussões e exercerá pressão sobre os mercados de energia globais", disse Marc Ayoub, especialista em políticas energéticas e pesquisador não residente do Instituto Tahir para Políticas do Oriente Médio.

Ele observou que, nos últimos dias, os preços do petróleo aumentaram e podem chegar a US$ 80 por barril (cerca de R$ 400), mesmo antes de um ataque israelense.

"Isso pode ser semelhante ao que aconteceu quando o Iraque invadiu o Kuwait na década de 1990, dependendo do tamanho do ataque, o que poderia nos levar a preços acima de US$ 100", continuou o especialista. "Cerca de 1,5 milhão de barris por dia devem ser perdidos."

O comentário de Ayoub surge em um momento em que Israel considera uma resposta ao ataque de mísseis retaliatório do Irã. Uma das opções é atingir a infraestrutura de petróleo do Irã, segundo a mídia americana e israelense, citando autoridades israelenses.
A declaração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que a opção está sendo "discutida" por Washington e Tel Aviv gerou incerteza nos mercados.
O Irã também pode optar por bloquear o estreito de Ormuz, por onde passam cerca de 20 milhões de barris de petróleo e produtos petrolíferos diariamente.
"O uso do estreito de Ormuz será outra escalada, especialmente para alguns países do Golfo, já que cerca de 27% do fluxo mundial de petróleo passa por ele, incluindo os embarques do Irã para a China", disse Ayoub.
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Ainda de acordo com o especialista, os EUA não parecem dispostos a elevar as tensões na região antes das eleições de novembro.
"O risco atualmente existe, mas não parece haver vontade para uma nova escalada", concluiu Ayoub.
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