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Europeus estão preocupados enquanto americanos 'recuperam economia', diz mídia britânica

De acordo com o Financial Times, os europeus estão economizando a taxas mais altas do que na era pré-pandemia, enquanto a tendência é marcadamente diferente nos Estados Unidos, onde os gastos ajudaram a alimentar a recuperação econômica.
Sputnik
As famílias europeias estão economizando a taxas mais altas do que antes da COVID-19, de acordo com dados que destacam uma divergência clara e persistente em relação aos consumidores norte-americanos mais otimistas que impulsionam a recuperação econômica do país, relata a mídia.
As taxas de poupança dispararam em ambos os lados do Atlântico durante a pandemia, uma vez que os consumidores foram forçados a ficar em casa. Mas enquanto os estadunidenses liberaram os gastos, os europeus lutaram para se livrar de uma sensação de insegurança econômica após o começo da operação russa na Ucrânia.
A taxa de poupança das famílias na zona do euro atingiu uma alta de três anos de 15,7% nos três meses até junho, bem acima da média pré-pandemia de 12,3%, de acordo com dados publicados pelo Eurostat na sexta-feira (4).
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Embora as taxas principais não sejam diretamente comparáveis, a tendência é marcadamente diferente nos EUA. A taxa de poupança pessoal foi de 5,2% no segundo trimestre, abaixo da média de 6,1% por cento para 2010-2019, afirma a mídia.

"A menor taxa de poupança dos EUA ajudou a impulsionar os gastos do consumidor, que tem sido o principal impulsionador do crescimento dos EUA e uma razão fundamental pela qual a economia dos EUA cresceu mais rapidamente do que a economia europeia. O consumidor americano tem conduzido o trem econômico global", disse Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Analytics, citado pela mídia.

O produto interno bruto deve crescer 2,6% nos EUA este ano, impulsionado pelos fortes gastos das famílias, de acordo com as últimas projeções da OCDE, em comparação com aumentos de apenas 0,7% na zona do euro e 1,1% no Reino Unido.

"A trajetória mais ampla dos balanços nos EUA tem sido muito mais forte, e então as famílias americanas têm estado, sem dúvida, em uma posição em que se sentem mais confortáveis ​​mantendo poupanças relativamente baixas. O consumidor europeu é muito, muito cauteloso, e o consumidor americano está muito mais confortável para gastar, gastar, gastar", afirmou Nathan Sheets, economista-chefe do banco americano Citi.

Uma escalada de conflito no Oriente Médio pode estar contribuindo para o clima de cautela na Europa, que é mais dependente do que os EUA do fornecimento de energia do Oriente Médio. O fraco crescimento econômico também prejudicou o moral; a produção se contraiu no último trimestre na Alemanha.
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"Os europeus poupam mais, pois continuam inseguros sobre o futuro com a guerra próxima e a Alemanha em crise. Muita coisa mudou para eles, e não de uma maneira boa", disse Samy Chaar, economista-chefe do banco Lombard Odier.
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