As últimas tensões sobre o fornecimento de energia foram desencadeadas pelo anúncio ucraniano no verão de que não renovaria um contrato de trânsito entre a Naftogaz, empresa de energia da Ucrânia, e a Gazprom da Rússia, que expira no final deste ano.
As expectativas das autoridades eslovacas foram frustradas após a reunião de Fico com seu homólogo ucraniano, Denis Shmygal, o qual declarou que a Ucrânia não estenderá seu acordo de trânsito de gás com a Rússia após seu vencimento no final de 2024, segundo a Reuters.
"A Ucrânia diz mais uma vez que não dará continuidade ao acordo de trânsito com a Rússia após seu término. O objetivo estratégico da Ucrânia é privar o Kremlin dos lucros da venda de hidrocarbonetos que o agressor usa para financiar a guerra", disse Shmygal em uma entrevista coletiva sentado ao lado de Fico, nesta segunda-feira.
Shmygal acrescentou que Kiev entende a "dependência aguda" de alguns Estados, incluindo a Eslováquia, do fornecimento de gás russo, mas está contando com a diversificação gradual da entrega.
Enquanto Fico quer manter o fornecimento de gás russo, a Eslováquia está entre os países europeus que tentam garantir fornecimento alternativo do Azerbaijão, mesmo com alguns analistas alertando que Baku poderia revender gás russo disfarçado como seu, analisou o Financial Times.
O premiê eslovaco disse no domingo (6) que a Bratislava nunca concordaria em deixar a Ucrânia se juntar à União Europeia enquanto ele for primeiro-ministro.