Estocolmo planeja contribuir com até oito caças para o policiamento aéreo da Aliança Atlântica, além de navios de guerra e 600 soldados que serão enviados às forças da OTAN na Letônia, todos esses movimentos serão feitos em 2025, anunciou o governo.
"Esta é uma decisão histórica. Pela primeira vez como aliados, agora contribuiremos com forças armadas para a defesa coletiva da OTAN, e estamos fazendo isso com uma contribuição considerável", disse a ministra das Relações Internacionais sueca, Maria Malmer Stenergard, segundo a Bloomberg.
O ministro da Defesa, Pal Jonson, afirmou na coletiva que os soldados enviados "estão sendo treinados no momento", acrescentando que a unidade será composta por oficiais e soldados em serviço contínuo, não por recrutas.
Jonson também declarou que o governo sueco terá que coordenar com a Dinamarca e o Canadá para esta implantação, já que a Dinamarca está enviando um batalhão em uma base de seis meses. O Canadá lidera as tropas da OTAN estacionadas na Letônia como a nação-quadro, de acordo com o portal Euractiv.
Além disso, a Suécia contribuirá com navios de guerra para as forças navais permanentes da OTAN, com foco em capacidades de remoção de minas e vigilância marítima. Esses navios de guerra serão implantados por até seis meses em 2025.
O ministro da Defesa observou que eles pretendem operar no Atlântico Norte, enfatizando o mar do Norte e o mar Báltico.
Por exemplo, no caso de um ataque armado, tanto o batalhão na Letônia quanto os navios de guerra poderão ficar para trás e executar tarefas resultantes do planejamento operacional da OTAN, afirmou.
Por fim, os caças suecos também auxiliarão na vigilância aérea da OTAN, de acordo com o ministro sueco de Infraestrutura e Habitação, Andreas Carlson.
"A contribuição sueca está planejada para 2025 e consistirá em oito aeronaves de caça e pessoal associado", disse Carlson.
Por fim, a chanceler acrescentou na coletiva que "a entrada da Suécia na OTAN é uma das maiores mudanças geopolíticas desde a queda do Muro de Berlim".
Quando a Finlândia e a Suécia anunciaram seus planos para se juntarem à Aliança Atlântica, passo que foi dado oficialmente em 2023 e 2024, respectivamente, a Rússia deixou claro que "terá reação assimétrica a ameaças ligadas às adesões".
Recentemente, Moscou classificou os planos suecos de estabelecer uma base da OTAN na ilha de Gotland como "provocação".