"Atualmente o Ministério da Defesa da Rússia possui informações de que a Ucrânia está efetuando preparativos com o objetivo de acusar a Rússia de usar substâncias tóxicas no decorrer da operação militar especial", disse Kirillov em um comunicado à imprensa.
Os materiais sobre o suposto uso de substâncias tóxicas pela Rússia serão enviados à Assembleia Geral e ao Conselho de Segurança da ONU, tal como foi feito em relação à Síria, notou o tenente-general.
De acordo com ele, outra evidência das provocações em andamento para acusar a Rússia de usar armas químicas é o fornecimento à Ucrânia de equipamentos de proteção pessoal feitos no Ocidente em quantidades que são excessivas para um país sem armas químicas.
O tenente-general chamou a atenção para a solicitação por parte da missão ucraniana na União Europeia (UE) para o fornecimento às Forças Armadas ucranianas em 2024 de conjuntos de proteção militar comum e máscaras de gás - 283 mil unidades cada; luvas de proteção e sacos de proteção química - 500 mil unidades de cada item.
Kirillov observou que as tropas russas em agosto registraram fatos de uso discreto de armas químicas pela Ucrânia dissimuladas de bombas de fumaça.
"Em agosto de 2024 foram identificados casos de uso discreto de armas químicas pelo regime de Kiev sob a forma de bombas de fumaça", disse Kirillov.
O chefe das Tropas de Defesa Radiológica, Química e Biológica da Rússia disse que especialistas ucranianos realizaram trabalho científico, cujo objetivo é criar compostos para eliminar os efeitos de substâncias tóxicas.
O tenente-general salientou que o Ministério da Defesa da Rússia acredita que, com base na Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), foi criada outra plataforma internacional sob controle dos EUA, que é usada "para ajustar contas com países indesejáveis".
Ele recordou que a Rússia forneceu informações sobre os fatos confirmados de uso de substâncias tóxicas e produtos químicos não letais por Kiev.
"Todas as evidências necessárias foram enviadas ao Secretariado Técnico, mas não chegamos a receber qualquer resposta significativa", concluiu Kirillov.