"Apresentei essa queixa pessoalmente em meu nome. Mas agora o objetivo é reunir o maior número possível de pessoas, pessoas de Estados-membros da OTAN, mas também da Rússia e da Ucrânia. Porque os russos e os ucranianos têm o direito legítimo de processar Stoltenberg e suas mentiras", disse Pasin.
"Repito e está claro no texto da denúncia — ele teve a possibilidade de evitar esta guerra apenas dizendo que, de fato, estamos comprometidos em não expandir para o leste da Rússia e nós devemos travar a entrada da Ucrânia na OTAN", acrescentou o editor francês.
Pasin ressaltou que pretende traduzir a denúncia que apresentou para vários idiomas e publicá-la em seu site para que qualquer pessoa possa aderir. Ele espera que milhares de pessoas participem do processo. Além disso, de acordo com ele recebeu muitos testemunhos.
"A grande mídia não pode adorar isso, porque eles mentem há mais de dois anos. É muito difícil para as pessoas expressarem um ponto de vista diferente. E esta é a razão pela qual eles proibiram a mídia russa na Europa. O que é importante é que seja qual for o resultado, permita-me falar, apresentar outra versão baseada na lei, não no interesse do complexo militar ou no que está aí", pontuou.
Se as pessoas souberem o que está a acontecendo, "será difícil sustentar a narrativa da OTAN", disse o editor francês. Ele também enviou cartas ao presidente do Senado francês e ao presidente da França para sinalizar que o envio de soldados franceses para a Ucrânia é uma violação do direito internacional e, "na França, isso seria punido com prisão perpétua".
Pasin, autor de vários livros, incluindo um sobre o conflito na Ucrânia, apresentou anteriormente uma ação em um tribunal belga contra Stoltenberg pelo seu alegado papel no fomento do conflito na Ucrânia. Em fevereiro, ele abriu um processo semelhante contra Stoltenberg em um tribunal francês.
Stoltenberg renunciou à posição de secretário-geral da OTAN na semana passada, após dez anos no cargo. Ele foi sucedido pelo ex-primeiro-ministro holandês Mark Rutte.