Washington precisa que a União Europeia revise seu cronograma para a renovação das sanções dos atuais seis meses para cada três anos, para poder contribuir com cerca de US$ 20 bilhões (R$ 121 bilhões) para o empréstimo do G7, igualando a contribuição da União Europeia, disseram autoridades da UE, citadas pelo Euronews.
"Acreditamos que essa questão, a prorrogação das sanções russas, deve ser decidida após as eleições nos EUA. Temos que ver em que direção a futura administração dos EUA está indo com essa questão", disse o ministro das Finanças, Mihály Varga, em uma entrevista coletiva.
Varga também argumentou que ambos os candidatos presidenciais – Kamala Harris e Donald Trump – defendem duas abordagens opostas para lidar com o conflito no Leste Europeu, e que o bloco deve basear seus próximos passos dependendo de quem o povo norte-americano eleger.
"Temos que ver em que direção a futura administração dos EUA está indo [sobre] essa questão", Varga disse aos repórteres. "Vocês podem ver a eleição presidencial e a campanha dos candidatos: há duas maneiras absolutamente diferentes de resolver esse problema. Uma, na direção da paz. E [a outra] continuar para a guerra."
Os US$ 10 bilhões (R$ 60 bilhões) restantes seriam fornecidos pelos membros do G7, Canadá, Reino Unido e Japão, que já estão a bordo.
O empréstimo, acordado em princípio pelos líderes do G7 em junho, seria pago com recursos gerados por cerca de US$ 300 bilhões (R$ 1,8 trilhão) em ativos do Banco Central russo congelados no Ocidente depois do começo da operação russa em 2022.
Moscou classificou a ação como "roubo" e a considerou "a nova pirataria do século XXI".
A questão será discutida mais detalhadamente na reunião dos ministros das Finanças do G7 em Washington no final de outubro, mas a decisão de Budapeste significa que as contribuições finais de cada um dos países do G7 só serão decididas após a eleição de 5 de novembro.