"A baía de Tampa é um dos portos mais vulneráveis dos EUA e não é atingido por uma tempestade desde o início dos anos 1900. Se a tempestade, mesmo uma [de categoria] 3, chegar ao sul da baía de Tampa, estará além dos impactos do furacão Katrina", disse David Holt, professor associado de geografia na University of Southern Mississippi.
Kevin Reed, professor da Escola de Ciências Marinhas e Atmosféricas da Universidade Stony Brook, observou que embora as categorias de tempestades sejam indicadores importantes de intensidade e, portanto, de danos potenciais, isso não significa que todos os furacões de categoria 4 sejam iguais.
"Por exemplo, o Milton vai atingir uma região populosa da Flórida. Isso vai causar mais danos do que se tivesse atingido uma área menos populosa", disse Reed.
Neste momento, a supertempestade se aproxima da Flórida com ventos de até 195 km/h. Em boletim divulgado pelo Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) às 18h00 (horário de Brasília), o furacão Milton foi rebaixado para a categoria 3.
O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA prevê "marés de tempestade destrutivas e potencialmente catastróficas, chuvas muito fortes e alguns tornados" ao longo da costa oeste da Flórida.
Na segunda-feira (7), o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva declarando estado de emergência na Flórida e desbloqueando ajuda federal para autoridades locais para lidar com o impacto. Evacuações foram ordenadas para milhões de moradores do estado.
Já nesta quarta-feira (9), Biden fez um pronunciamento alertando a população sobre a aproximação do furacão Milton, que deve atingir a costa oeste da Flórida em algumas horas.