Panorama internacional

Presidente da Colômbia acusa tentativa de golpe de Estado no país após abertura de investigação

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou nesta quarta-feira (9) o ex-vice-presidente Germán Vargas Lleras e o ex-procurador-geral Néstor Humberto Martínez de estarem por trás de um golpe de Estado no país. Isso por conta da investigação aberta pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) por suposto abuso econômico nas eleições de 2022.
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"O CNE não tem a competência para exigir que eu deixe meu cargo, mas abriu a porta ao formular acusações de maneira inconstitucional. Trata-se de uma medida que busca um golpe parlamentar. Não serei acusado de nenhum crime, pois não cometi nenhum; em vez disso, serei submetido a um julgamento por indignidade, sem que nenhum limite tenha sido ultrapassado na campanha. Essa estratégia foi explicitamente proposta por Néstor Humberto Martínez e por Germán Vargas Lleras. Estamos diante de um golpe de Estado baseado em provas falsas", disse o mandatário em sua conta na rede social X.
Na última terça (8), o CNE aprovou, com 7 votos a favor e 2 contra, uma investigação contra o presidente Petro por ultrapassar os limites de gastos durante sua campanha a presidente em que venceu Iván Duque (2018–2022). A acusação é de omissão de alguns empréstimos e depósitos nas contas que os candidatos devem apresentar ao final das eleições.
Segundo o jornal El Colombiano, do país sul-americano, trata-se de um processo administrativo, o que significa que o presidente não pode ser destituído do cargo, pois esse poder é exclusivo do Congresso.
Após o veredicto, Petro afirmou que o objetivo é retirá-lo da vida política e garantiu que se a investigação for adiante, representará "a maior afronta" à democracia na história do país.
Germán Vargas Lleras foi vice-presidente de Juan Manuel Santos (2010–2018) e também ministro de Habitação, enquanto Néstor Humberto Martínez foi procurador-geral entre 2016 e 2019, e ambos têm sido críticos ferrenhos do atual presidente.
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Solidariedade ao presidente colombiano

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, manifestou também nesta quarta (9) solidariedade a Gustavo Petro pela investigação.
"Quero tornar pública e evidente a nossa solidariedade ao presidente Petro. O Conselho Nacional Eleitoral, dois anos depois da eleição, abre uma investigação sobre despesas de campanha, e ontem [8] [o presidente colombiano] a chama de golpe de Estado", disse ela em entrevista coletiva.
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