O presidente da Argentina, Javier Milei, após assumir o poder em dezembro de 2023, notificou os líderes dos países do BRICS por meio de cartas oficiais sobre a recusa do país em participar do grupo.
Nesta semana, a ministra das Relações Exteriores argentina, Diana Mondino, disse que a Argentina ainda não tinha intenção de se juntar ao BRICS.
"A maior perda, na minha opinião, é a perda da seriedade do país a nível internacional porque o presidente Milei negligenciou o convite para fazer parte do BRICS, que foi solicitado pelo governo anterior", disse o especialista.
Além disso, a Argentina perdeu a oportunidade de fazer parte de um grupo cujos membros têm mercados enormes e em rápido crescimento, mercados com grande poder de consumo.
"A esse respeito, as perdas são enormes porque [a recusa de adeirir ao BRICS] não nos permite ter oportunidades de abrir e diversificar novos mercados", disse Lamesa.
O BRICS é uma associação interestatal criada em 2006. A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro de 2024.
O ano começou com a entrada de novos membros na associação: além de Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, o BRICS agora inclui Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
O principal evento deste ano vai ser a cúpula do BRICS com a participação de chefes de Estado em Kazan de 22 a 24 de outubro.