Panorama internacional

Em cúpula da ASEAN, enquanto China fecha acordos, EUA 'são indagados' sobre Israel, analisa mídia

Uma cúpula em Laos foi uma oportunidade para o governo Biden mostrar os relacionamentos que cultivou em toda a Ásia desde que renovou um impulso diplomático há três anos, mas em vez disso, a China pareceu aproveitar o momento com uma lista de novos acordos, escreve a Bloomberg.
Sputnik
O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, aproveitou a reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que termina nesta sexta-feira (11), para promover os interesses econômicos de suas nações no Indo-Pacífico.
Segundo a mídia, o primeiro-ministro lançou projetos ferroviários acelerados com a Tailândia e o Camboja, e concordou em suspender as restrições sobre as importações de lagosta da Austrália até o final do ano.
Ao mesmo tempo, a reunião foi uma das últimas oportunidades para o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, promover laços mais fortes entre os EUA e a Ásia semanas antes de uma eleição cujo resultado pode ter implicações profundas no futuro de Washington na região.
No entanto, o secretário se viu tendo que responder a perguntas sobre o apoio norte-americano a Israel e se uma trégua pode ser alcançada nos crescentes conflitos no Oriente Médio.
Além de uma declaração conjunta sobre a promoção de políticas seguras em torno da inteligência artificial, houve poucas novas iniciativas políticas importantes dos EUA, mesmo após reuniões separadas de Blinken com o novo primeiro-ministro tailandês, Paetongtarn Shinawatra, e o líder da Malásia, Anwar Ibrahim, escreve a Bloomberg.
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Ainda assim, Blinken sublinhou, em sua 20ª visita ao Indo-Pacífico, que os EUA continuam sendo a maior fonte de investimento estrangeiro direto no Sudeste Asiático, ultrapassando a China e a Europa.

No entanto, a diretora do programa do Sudeste Asiático no Lowy Institute da Austrália, Susannah Patton, disse à mídia que "os EUA meio que lutam um pouco com a ASEAN", enquanto para a China "há uma narrativa muito clara sobre o aprofundamento da cooperação comercial, a atualização do acordo de livre comércio, e isso funciona muito bem com todos os países do Sudeste Asiático. Enquanto os Estados Unidos — acho que sua narrativa é apenas menos convincente", analisou Patton.

Às margens do evento, o primeiro-ministro de Cingapura, Lawrence Wong, durante uma reunião com Li e outros líderes regionais na quinta-feira (10), afirmou que o comércio entre a ASEAN e Pequim é um "movimento importante, especialmente neste momento de crescente protecionismo. […] enviará uma mensagem muito clara e importante a todos sobre a importância do livre comércio e da cooperação de mercado ganha-ganha".
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