Bales é acusado de cometer um ataque terrorista na região russa de Kursk, além de promover atividade mercenária e assassinato.
"O cidadão norte-americano Derrick Bales é acusado à revelia de cometer um ato terrorista, atividade mercenária, homicídio e tentativa de homicídio de duas ou mais pessoas, bem como de pessoas que exercem atividades oficiais, cometidos por um grupo organizado", indicou o comitê.
Também foram feitas acusações contra Bales por "travessia ilegal da fronteira do Estado, tentativa de assassinato de um policial, uso de violência contra um funcionário do governo, bem como por ter cometido outros crimes".
Em agosto de 2024, sob o apelido de gearlab, o FOG postou nas redes sociais uma foto de seus membros participando da incursão ucraniana na região de Kursk.
A investigação sustenta que o cidadão norte-americano participa pessoal e diretamente no conflito armado como mercenário no território da Rússia, fazendo parte de um grupo armado que luta ao lado das tropas ucranianas.
Foi esclarecido que Bales, junto a outros representantes de formações mercenárias, utilizando todos os tipos de armas e dispositivos explosivos, bem como equipamento militar, no final de agosto de 2024, cruzaram ilegalmente a fronteira russa e invadiram o território da região de Kursk.
Após a invasão, para intimidar a população, causar danos materiais significativos e desestabilizar a atuação das autoridades, cometeram atos criminosos como assassinato de civis ou tentativa de homicídio.
"Atualmente, a investigação está tomando medidas para apurar o paradeiro dos arguidos e dos seus cúmplices. Durante a investigação serão apuradas todas as circunstâncias destes crimes e será dada uma avaliação jurídico-criminal à atuação das pessoas envolvidas", afirmou o comitê.
Em 6 de agosto, as tropas ucranianas iniciaram uma incursão armada na região de Kursk e ocuparam diversas áreas, causando o deslocamento de mais de 100 mil civis. Desde 9 de agosto, a região vive situação de emergência federal.
O presidente russo, Vladimir Putin, prometeu "uma resposta digna" à provocação de Kiev, que acusou de disparar indiscriminadamente contra instalações civis, e reafirmou que a Rússia alcançará todos os objetivos da sua operação militar especial na Ucrânia.