Na segunda-feira (14), Toronto decidiu expulsar seis diplomatas indianos, incluindo o alto comissário, ligando-os ao assassinato do líder Hardeep Singh Nijjar e alegando um esforço mais amplo para atingir dissidentes indianos no Canadá, relata a Reuters.
O governo agora tem "evidências claras e convincentes de que agentes do governo da Índia se envolveram e continuam se envolvendo em atividades que representam uma ameaça significativa à segurança pública", disse Trudeau em uma entrevista coletiva.
As atividades envolveram técnicas clandestinas de coleta de informações, comportamento coercitivo, perseguição a canadenses do sul da Ásia e envolvimento em mais de uma dúzia de atos ameaçadores e violentos, incluindo assassinato, disse o premiê.
"Isso é inaceitável", acrescentou, declarando que a Índia cometeu um erro fundamental ao se envolver em atividades criminosas no Canadá.
Nesta terça-feira (15), mais cedo, Nova Deli retaliou ordenando a expulsão de seis diplomatas canadenses de alto escalão, incluindo o alto comissário interino, e disse que havia retirado seu enviado do Canadá, contradizendo a declaração de expulsão do governo canadense.
"Não temos fé no comprometimento do atual Governo Canadense em garantir sua segurança. Portanto, o governo da Índia decidiu retirar o alto comissário e outros diplomatas e oficiais visados", disse o Ministério das Relações Exteriores da Índia em uma declaração citada pela mídia.
A disputa diplomática representa uma grande deterioração das relações entre os dois países da Commonwealth. Os laços foram desgastados desde que Trudeau afirmou, no ano passado, que tinha evidências ligando agentes indianos ao assassinato de um ativista sikh canadense em território do Canadá.