Nesta terça-feira (15), o embaixador Giola Peto foi convocado pelo vice-ministro das Relações Exteriores do Irã para Assuntos Políticos.
Na segunda-feira (14), a União Europeia (UE) aprovou novas sanções contra sete indivíduos e sete entidades iranianas, incluindo a transportadora aérea Iran Air, pela suposta transferência de mísseis balísticos para a Rússia.
O responsável iraniano denunciou como "inaceitável" o recurso a métodos ilegais e coercivos, como sanções, sublinhando que tais medidas não levarão a lado nenhum, segundo a Press TV.
Ele disse que a defesa e a cooperação militar do Irã com outros países são "legais" e visam proteger os interesses e a segurança nacional, e que não é uma questão na qual terceiros podem interferir.
A autoridade iraniana condenou como "uma clara violação do direito internacional" as sanções contra as companhias aéreas de passageiros iranianas, descrevendo a última medida da UE como contraditória e inconsistente com as alegações dos países europeus.
Ele também aconselhou a UE a "não cair na armadilha dos círculos anti-iranianos, particularmente o regime de apartheid sionista [israelense], e a não sacrificar seus interesses e relações de longa data com o Irã pelos malfeitores das relações Irã-Europa".
Mais cedo, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, denunciou a medida como uma ação injustificável que viola o direito internacional.
Os dois países tradicionalmente mantêm laços militares estreitos, principalmente com o Irã recebendo o sistema antimísseis S-300 de fabricação russa em 2015.
Autoridades iranianas declararam que o país não hesitará em fortalecer suas capacidades militares, incluindo seus mísseis e drones, que são inteiramente destinados à defesa, e que as capacidades de defesa do Irã nunca estarão sujeitas a negociação.