"A Comissão do Comércio Internacional do Parlamento Europeu votou a favor de um novo 'crédito' à Ucrânia no valor de 35 bilhões de euros, após já terem sido concedidos 50 bilhões [R$ 308 bilhões]! E isso enquanto nos anunciam austeridade e aumento de impostos, um escândalo revoltante", afirmou o político no X, também convocando manifestações contra as medidas de austeridade e pela renúncia do presidente Emmanuel Macron.
Mais cedo, uma fonte europeia de alto nível informou aos jornalistas que os líderes da UE discutirão na cúpula de 17 a 18 de outubro em Bruxelas um crédito a Kiev de 50 bilhões de dólares (R$ 282,6 bilhões), a ser pago com a receita de ativos russos congelados, e atualizarão os compromissos de ajuda à Ucrânia.
Na véspera, a Comissão do Comércio Internacional do Parlamento Europeu votou a favor do mecanismo proposto anteriormente pela Comissão Europeia para conceder um empréstimo a Kiev proveniente da receita de ativos soberanos russos congelados. A votação final sobre a decisão ocorrerá na sessão plenária em 22 de outubro, em Estrasburgo.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia já classificou repetidamente o congelamento de ativos russos na Europa como um roubo, observando que a UE não se concentra apenas em recursos de indivíduos, mas também em ativos estatais da Rússia.
O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que Moscou responderá ao confisco. Segundo o chanceler, a Rússia também tem a possibilidade de não devolver recursos que os países ocidentais mantinham no país.
Enquanto isso, foi apresentado na semana passada o orçamento da França para 2025. As autoridades planejam cortar os gastos públicos em 40 bilhões de euros (R$ 246,4 bilhões) no próximo ano, e mais 20 bilhões (R$ 123,2 bilhões) devem ser arrecadados por meio de aumento de impostos.
Com a medida, cerca de 65 mil contribuintes que ganham mais de 500 mil euros (R$ 3 milhões) por ano pagarão temporariamente mais tributos. Essa mesma medida afetará cerca de 300 grandes empresas.