Mais cedo, nesta quarta-feira (16), Zelensky apresentou ao Parlamento ucraniano o chamado "plano de vitória" composto por cinco pontos, incluindo o convite à Ucrânia para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) antes do fim do conflito e a proposta aos países ocidentais para implantarem "um pacote de dissuasão não nuclear" no território ucraniano.
"Um dos pontos do fortalecimento da defesa ucraniana: Zelensky vai conseguir isso, como ele disse, através de operações específicas em certos lugares […] Como ele quer conseguir isso? Prejudicando a aviação russa juntamente com os seus parceiros. Em outras palavras, ele está empurrando os membros da OTAN para um conflito direto com o nosso país [Rússia] e insiste novamente em obter a permissão para usar armas de longo alcance em território russo", disse Zakharova comentando um dos pontos do plano.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores russo destacou que o plano visa essencialmente receber dinheiro e mostrar as "capacidades terroristas" de Kiev. "Penso que hoje Zelensky mostrou definitivamente a todos que odeia os ucranianos em um grau que pode ser descrito como ucraninofobia'", sublinhou.
Zelensky informou anteriormente que o seu plano está totalmente preparado e também contém "um poderoso pacote de medidas para forçar a Rússia a terminar o conflito diplomaticamente".
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Rússia continua uma operação militar especial na Ucrânia, cujos objetivos são proteger a população do genocídio cometido por Kiev e enfrentar os riscos para a segurança nacional colocados pelo avanço da OTAN para o leste.
Muitos países apoiam Kiev com o fornecimento de armas, doações, ajuda humanitária e sanções contra Moscou. A Rússia, por sua vez, enviou notas de protesto a todos os países que fornecem armas ao país vizinho.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que os Estados ocidentais que apoiam a Ucrânia estão se tornando parte do conflito e que qualquer envio de armas para Kiev se tornará um alvo legítimo para as Forças Armadas russas.
Segundo o Kremlin, a política ocidental de fornecer armas à Ucrânia não contribui para as negociações entre Rússia e Ucrânia e só traz efeitos negativos.