O chefe do Parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov, apelou nesta sexta-feira (18) aos países ocidentais para que repudiem o chamado "plano de vitória" de Vladimir Zelensky, uma vez que não há nada de construtivo nas suas propostas.
Zelensky apresentou o chamado "plano de vitória" ao Parlamento ucraniano na quarta-feira (16), que, segundo ele, resolveria o conflito até no máximo 2025. O documento inclui cinco pontos e três anexos secretos.
O primeiro ponto é a Ucrânia ser convidada a aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o que de fato foi uma das razões da operação militar especial russa.
O segundo é a Ucrânia ser autorizada a usar armas de longo alcance ocidentais contra territórios russos longe da zona de conflito. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que isso significaria o envolvimento direto dos países ocidentais, já que esses golpes não podem ser feitos sem participação dos militares da OTAN.
O terceiro é a implantação de um pacote abrangente não nuclear de dissuasão da Rússia em solo ucraniano.
"É hora de o Ocidente rejeitar publicamente o plano de Zelensky. Esse plano, se assim posso dizer, não contém nada de construtivo", disse Konstantinov à Sputnik.
Segundo ele, Zelensky tem pressa em arrastar a Ucrânia para a OTAN, a fim de privar a população que optou pela adesão à Rússia da oportunidade de autodeterminação.
"A nossa missão histórica é precisamente garantir a essas pessoas o direito à autodeterminação, muito semelhante ao que aconteceu em 2014 na Crimeia e em 2022 nas novas regiões russas", acrescentou Konstantinov.
Anteriormente, a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentando o "plano de vitória" de Zelensky, disse que esse não é um plano, mas um conjunto de slogans incoerentes. Segundo ela, ele está apenas empurrando a OTAN para um conflito direto com a Rússia.
O porta-voz do presidente da Rússia, Dmitry Peskov, afirmou que o novo "plano de paz" de Zelensky pode, na verdade, repetir o plano dos EUA, que consiste em combater a Rússia até o último ucraniano. Segundo Peskov, para alcançar a paz, Kiev deve ter "sobriedade" e perceber as razões que levaram ao conflito.