"As discussões foram realizadas basicamente em grupo, mas, em particular com a Rússia, discutimos muitas barreiras comerciais e a indústria de fertilizantes. Portanto, esses são tópicos que surgiram no grupo de trabalho de agronegócio", disse Bruno Ferla à Sputnik.
Sobre os sistemas de pagamento transfronteiriços, o representante brasileiro afirmou que o painel explorou "a forma de integrar os países do BRICS", destacando sua importância. "O sistema financeiro é algo que temos discutido muito. Mas precisamos materializar algumas dessas etapas. Então, durante 2025, acho que será o momento para fazermos isso", contou.
Ferla descreveu as sanções financeiras que o Ocidente impôs ao comércio internacional com a Rússia como um obstáculo para aumentar as exportações. Diante disso, defendeu que o Brasil precisa trabalhar com a China, além da Rússia, para resolver a questão.
"Muitos tópicos foram discutidos e acho que agora é o momento para as empresas também colocarem suas necessidades no papel e materializá-las. Mas não há nada a esse respeito que será assinado na cúpula da próxima semana", destacou.
Brasil priorizará agricultura, tecnologia e finanças durante presidência do BRICS em 2025
"Acredito que as questões agrícolas são muito importantes para o Brasil e tentaremos colocá-las no topo da lista para discussão. Mas também a tecnologia. Temos uma indústria de tecnologia muito importante e todos os outros países do BRICS, especialmente a Rússia e a China, também se desenvolveram bastante em termos de tecnologia. Portanto, a tecnologia também estará presente", acrescentou.
Ferla destacou a presidência da Rússia no BRICS, que termina no fim do ano, como "impressionante". A cúpula dos líderes do grupo será realizada na cidade de Kazan de 22 a 24 de outubro.