No entanto, a Rússia continuará sendo uma adversária, se não uma inimiga, de Washington, independentemente dos resultados das próximas eleições presidenciais, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, neste sábado (19).
"Independentemente do resultado da eleição, continuaremos sendo para os Estados Unidos, se não um inimigo, então definitivamente um oponente. Em qualquer caso, um competidor", declarou Lavrov.
Comentando sobre as negociações de redução de armas nucleares propostas por Joe Biden, o chanceler russo disse que o atual presidente está tentando aumentar as chances de vitória eleitoral de Kamala Harris.
Anteriormente, Biden afirmou que o mundo precisa lutar pela eliminação completa do arsenal nuclear, e também confirmou a disponibilidade dos EUA para negociar com a Rússia, China e Coreia do Norte neste sentido, mas manteve silêncio sobre as despesas significativas do governo norte-americano no desenvolvimento e fortalecimento da sua própria tríade nuclear.
"Trata-se de uma vontade de ganhar pontos pré-eleitorais para a candidata do Partido Democrata", disse o ministro.
Também neste sábado (19), o chefe do segundo departamento do Ministério das Relações Exteriores da Rússia para os países da Comunidade de Estados Independentes, Aleksei Polishchuk, declarou que se a Ucrânia aderir à OTAN, Kiev eliminará as possibilidades de uma solução política e diplomática para o conflito na Ucrânia e tornará inevitável o envolvimento direto da aliança em operações militares contra a Rússia.
"Nós alertamos constantemente sobre a ameaça da adesão da Ucrânia à OTAN. A possível adesão da Ucrânia à aliança vai colocar fim às possibilidades de um acordo político e diplomático, tornará inevitável que a aliança se envolva diretamente em hostilidades contra a Rússia e levará a uma escalada descontrolada", disse a autoridade.