Panorama internacional

Deputado compara integração europeia da Moldávia à colonização e defende voto contrário em referendo

O deputado da oposição no parlamento da Moldávia, Vasily Bolia, classificou a tentativa de integração do país à Europa como uma forma de "colonização da república". Neste domingo (20), o país foi às urnas para as eleições presidenciais e um referendo.
Sputnik
Bolia chegou a ser impedido de disputar o pleito após decisão da Comissão Eleitoral Central (CEC) do país. Além das eleições presidenciais na Moldávia, onde o chefe da república é escolhido para um mandato de quatro anos, também houve um referendo no qual os cidadãos deveriam responder à pergunta: "Você apoia a alteração da Constituição com o objetivo de a República da Moldávia ingressar na União Europeia?".
Ambos os eventos eleitorais foram considerados válidos, já que a participação superou o mínimo necessário de 33,3%.

"Votei contra o processo de colonização do país iniciado pela atual liderança. Nós não somos uma colônia, somos um povo livre que merece um futuro melhor. É por isso que votei hoje contra a eurointegração promovida pelo regime governante e pela presidente Sandu", declarou nas redes sociais.

O deputado também destacou que o pleito oferece aos cidadãos a oportunidade de "expressar sua opinião sobre o futuro do país" e enfatizou que apoiou um candidato que vai "lutar pela libertação das instituições estatais do domínio dos poderosos".
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Candidatura rejeitada na Moldávia

O órgão eleitoral da Moldávia rejeitou no final de agosto a candidatura de Bolia, que planejava participar das eleições como candidato independente. A CEC justificou a rejeição afirmando que o deputado mantém vínculos com partidos e blocos políticos, o que contraria os requisitos para candidatos independentes.
A oposição considera a decisão parte de uma ampla campanha de pressão política liderada pela presidente Maia Sandu e sua equipe, visando suprimir os partidos que defendem o desenvolvimento das relações com a Rússia e a União Econômica da Eurásia (UEE). O tribunal de apelação também apoiou a decisão da CEC em 10 de setembro.
Ao todo, 11 candidatos disputam a presidência. A principal competição ocorre entre a presidente Maia Sandu, que busca a reeleição, o ex-procurador-geral Alexandr Stoianoglo e Renato Usatii. Caso nenhum dos candidatos consiga mais de 50% dos votos no primeiro turno, um segundo turno será realizado em 3 de novembro.
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