Capitaneado pelo Brasil, que ocupa a presidência deste ano do G20, a reunião foi liderada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Em sua fala de abertura, o jurista destacou a crescente integração econômica entre os países e
os desafios que surgem a partir disso.
Estiveram presentes no evento 12 delegações de membros do G20: África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Reino Unido, Rússia e União Europeia.
Oito países convidados pelo Brasil também enviaram seus representantes: Angola, Chile, Cingapura, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Nigéria e Noruega.
Ao todo, são 21 nações que, em ambos os dias, irão discutir propostas e compartilhar iniciativas bem-sucedidas de
combate ao tráfico de drogas e de pessoas, aos crimes cibernéticos e ambientais, além do uso de novas tecnologias, como a inteligência artificial, na promoção da Justiça.
A jornalistas, Gonet destacou o papel do combate à lavagem de dinheiro para "sufocar financeiramente essas organizações internacionais".
A preocupação de Gonet é também explicitada por Shamila Batohi, diretora-geral da Autoridade Nacional de Acusação (NPA, na sigla em inglês) da África do Sul, órgão equivalente ao Ministério Público Federal.
Com exclusividade à Sputnik Brasil, Batohi afirmou que, no próximo ano — quando a África do Sul assumir a presidência do G20 —, sua gestão do grupo de trabalho de procuradores-gerais deve dar atenção especial à cooperação informal entre as instituições dos países.
"Os sistemas formais de assistência jurídica mútua costumam ser complicados e demoram muito", disse a jurista.
"Os criminosos não têm esses processos, regras e limites."