"Em poucos minutos enviaremos avisos aos libaneses em Beirute e em outros lugares para ficarem longe de locais usados para financiar o Hezbollah. [...] Nas próximas horas, atacaremos um grande número de objetivos e alvos adicionais durante a noite", disse Hagari em entrevista coletiva.
O Exército israelense atravessou a chamada Linha Azul no início de outubro e trava combates ocasionais no sul do território libanês com o movimento xiita.
Desde o início do mês, Israel realiza uma operação terrestre contra as forças do grupo Hezbollah no sul do Líbano, ao mesmo tempo em que continua com os ataques aéreos, inclusive na capital Beirute.
Apesar das perdas, o Hezbollah tem enfrentado as tropas israelenses no terreno e lançado foguetes através da fronteira. Israel afirma que seu principal objetivo é criar condições para o retorno de 60 mil pessoas que fugiram do norte do país devido aos bombardeios do grupo libanês.
Mais de 2 mil pessoas já morreram no país por conta dos ataques israelenses e pelo menos um milhão estão desabrigadas.
Israel atacou até tropas da ONU
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL, na sigla em inglês) pode recorrer à autodefesa se os comandantes sentirem que suas vidas estão em perigo, disse o porta-voz da UNIFIL, Andrea Tenenti, em uma reunião em Genebra na última sexta-feira (18). A declaração ocorreu dias após um ataque israelense que atingiu as tropas e deixou soldados da ONU feridos.
De acordo com as forças de paz, os militares israelenses bombardearam redutos, incluindo duas bases italianas e o quartel-general principal da Força Interina, e violaram a Linha Azul.
Representantes da liderança italiana têm repetidamente chamado as ações de Israel de inaceitáveis.
"A autodefesa pode ser usada, mas também precisamos ser muito pragmáticos sobre quando usá-la e como usá-la, porque não queremos nos tornar parte do conflito e usar a força que desencadearia mais violência", disse Tenenti.