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Em meio à grave crise, governo argentino vai vender e leiloar 1,2 mil imóveis por US$ 800 milhões

O governo argentino anunciou nesta sexta-feira (25) que leiloará 400 imóveis públicos e colocará à venda outras 800 propriedades por US$ 800 milhões (cerca de R$ 4,6 bilhões).
Sputnik

"A Agência de Administração de Bens do Estado [ABE] vai leiloar mais de 400 imóveis e colocar à venda outras 800 propriedades, com o único objetivo de reduzir gastos desnecessários do Estado", informou durante uma coletiva de imprensa o porta-voz presidencial argentino, Manuel Adorni, na Casa Rosada, sede do Executivo.

Um dos imóveis que será disponibilizado é o edifício onde funcionava o extinto Ministério das Mulheres, Gêneros e Diversidade, avaliado em US$ 12,5 milhões (cerca de R$ 71,3 milhões).
Também será vendida a sede do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária da Argentina (INTA), que será realocada. A administração liderada por Javier Milei também tentará se desfazer dos imóveis confiscados em casos de corrupção e narcotráfico.
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Os primeiros leilões de edifícios públicos, que segundo Adorni "estão subutilizados ou trazem custo de manutenção para o Estado", ocorrerão antes do final do ano.
Essa iniciativa faz parte da política de cortes e ajuste fiscal que a atual gestão está implementando para reduzir e desburocratizar o Estado, com o objetivo de diminuir a inflação e alcançar um superávit para cumprir os compromissos de dívida que o país sul-americano enfrenta.
A queda do poder aquisitivo dos rendimentos, em meio à flagrante recessão que impacta indicadores sensíveis como o nível de emprego, convive com o aumento dos preços devido à inflação. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês), pelo menos 10 milhões de menores de 18 anos consomem menos carnes e laticínios do que em 2023.
O relatório divulgado em agosto aponta que, além disso, 9% das famílias teve que deixar de pagar planos de saúde devido ao ajuste nos gastos.
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